Foto: Reprodução
A Prefeitura de Itaí (SP) realizou, nesta terça-feira (25), uma cerimônia em memória das 42 vítimas do grave acidente entre um ônibus e um caminhão, ocorrido há cinco anos na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho (SP-249), em Taguaí. A data, que se tornou feriado municipal, relembra a tragédia que marcou a região em 25 de novembro de 2020.
O ato aconteceu em frente ao Memorial das Vítimas, na Praça da Bandeira, construído para preservar a história e os nomes de quem perdeu a vida. Moradores, familiares e autoridades participaram da homenagem, que incluiu orações conduzidas por representantes de diferentes igrejas. Uma missa também foi programada para as 19h30, na Igreja Matriz de Santo Antônio.
Relembre o acidente
A colisão ocorreu por volta das 6h35 daquela manhã. Com o impacto, o caminhão bitrem invadiu uma propriedade rural e os passageiros do ônibus — que transportava 52 funcionários de uma empresa têxtil de Taguaí, além do motorista — foram arremessados para fora do veículo.
Trinta e sete pessoas morreram na hora. Entre os 15 sobreviventes, quatro faleceram durante o socorro, e a 42ª vítima morreu dias depois, em Avaré.
O motorista do caminhão morreu no local. A investigação apontou que ele não tinha habilitação para dirigir veículos pesados e estava acompanhado de um ajudante, que sobreviveu.
Trabalho de identificação e sepultamento
A força-tarefa montada pelo Governo de São Paulo envolveu as polícias Civil e Técnico-Científica. Quarenta e um corpos foram identificados e liberados ainda na madrugada do dia 26. Um caminhão frigorífico chegou a ser usado para armazenar os corpos à espera do exame necroscópico.
Os velórios começaram na noite de 25 de novembro, no ginásio de esportes de Itaí, onde os corpos foram distribuídos em grupos de oito. Os sepultamentos seguiram durante toda a madrugada e manhã do dia 26.
Investigações e responsabilidades
O inquérito policial revelou versões divergentes. O ajudante do caminhão afirmou que o ônibus invadiu a contramão ao tentar ultrapassar em faixa contínua. Já o motorista do ônibus alegou falha no freio, negando qualquer ultrapassagem irregular.
Em novembro de 2020, a cena do acidente foi recriada com tecnologia 3D. Poucos meses depois, em fevereiro de 2021, a Polícia Civil indiciou o motorista do ônibus por homicídio culposo, após laudo descartar falhas mecânicas. O motorista foi condenado por homicídio culposo em 2022.
A dona da empresa Star Turismo também foi indiciada por operar sem licença e manter o veículo em más condições. Os proprietários das três fábricas que contratavam o transporte também foram responsabilizados.
O inquérito chegou a ser devolvido pelo Ministério Público para novas diligências e ainda aguarda desfecho.
Paralelamente, o Ministério Público do Trabalho abriu investigação e firmou um acordo com as empresas envolvidas, prevendo indenização de R$ 39 mil às famílias de 40 trabalhadores — valor que não impede a busca por reparações maiores na Justiça Trabalhista.
Cinco anos após a tragédia, Itaí mantém viva a lembrança das vítimas e reforça o compromisso com a memória coletiva da cidade e da região.
O ato aconteceu em frente ao Memorial das Vítimas, na Praça da Bandeira, construído para preservar a história e os nomes de quem perdeu a vida. Moradores, familiares e autoridades participaram da homenagem, que incluiu orações conduzidas por representantes de diferentes igrejas. Uma missa também foi programada para as 19h30, na Igreja Matriz de Santo Antônio.
Relembre o acidente
A colisão ocorreu por volta das 6h35 daquela manhã. Com o impacto, o caminhão bitrem invadiu uma propriedade rural e os passageiros do ônibus — que transportava 52 funcionários de uma empresa têxtil de Taguaí, além do motorista — foram arremessados para fora do veículo.
Trinta e sete pessoas morreram na hora. Entre os 15 sobreviventes, quatro faleceram durante o socorro, e a 42ª vítima morreu dias depois, em Avaré.
O motorista do caminhão morreu no local. A investigação apontou que ele não tinha habilitação para dirigir veículos pesados e estava acompanhado de um ajudante, que sobreviveu.
Trabalho de identificação e sepultamento
A força-tarefa montada pelo Governo de São Paulo envolveu as polícias Civil e Técnico-Científica. Quarenta e um corpos foram identificados e liberados ainda na madrugada do dia 26. Um caminhão frigorífico chegou a ser usado para armazenar os corpos à espera do exame necroscópico.
Os velórios começaram na noite de 25 de novembro, no ginásio de esportes de Itaí, onde os corpos foram distribuídos em grupos de oito. Os sepultamentos seguiram durante toda a madrugada e manhã do dia 26.
Investigações e responsabilidades
O inquérito policial revelou versões divergentes. O ajudante do caminhão afirmou que o ônibus invadiu a contramão ao tentar ultrapassar em faixa contínua. Já o motorista do ônibus alegou falha no freio, negando qualquer ultrapassagem irregular.
Em novembro de 2020, a cena do acidente foi recriada com tecnologia 3D. Poucos meses depois, em fevereiro de 2021, a Polícia Civil indiciou o motorista do ônibus por homicídio culposo, após laudo descartar falhas mecânicas. O motorista foi condenado por homicídio culposo em 2022.
A dona da empresa Star Turismo também foi indiciada por operar sem licença e manter o veículo em más condições. Os proprietários das três fábricas que contratavam o transporte também foram responsabilizados.
O inquérito chegou a ser devolvido pelo Ministério Público para novas diligências e ainda aguarda desfecho.
Paralelamente, o Ministério Público do Trabalho abriu investigação e firmou um acordo com as empresas envolvidas, prevendo indenização de R$ 39 mil às famílias de 40 trabalhadores — valor que não impede a busca por reparações maiores na Justiça Trabalhista.
Cinco anos após a tragédia, Itaí mantém viva a lembrança das vítimas e reforça o compromisso com a memória coletiva da cidade e da região.
