Nunca mais subi a Barão do Rio Branco em dia de chuva, ainda sem asfalto, duas sacolas de plástico amarradas no meu ‘conga’, indo para o “Grupinho”.
Nunca mais peguei rabeira de trem da estação até Marques dos Reis.
Nunca mais peguei meu carrinho de pau e atravessei a cidade catando sucatas de cobre.
Nunca mais joguei bola no campo de terra do Seminário.
Nunca mais passei no “Bar Marabá” e comi pão com mortadela e tubaina.
Nunca mais escorreguei no tobogã da Fapi, no tempo em que a Fapi ainda era no Monstrinho.
Nunca mais assisti às missas na igreja do seminário.
Nunca mais nadei no “Panema”, nem pulei da ponte velha.
Nunca mais mandei correio elegante nas quermesses da minha adolescência.
Nunca mais dancei no CSU, nem assisti Gazeta x União no Ourinhense.
E por ter deixado os anos dourados escaparem do meu controle, vez em quando, abro meu baú de saudades e reencontro imagens, amizades, pessoas e coisas, do tempo que eu era um mero sonhador.
A vida é um sopro!
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Placa do CSU (Centro Social Urbano) Foto: Reprodução