A SAE (Superintendência de Água e Esgoto) divulgou mais uma vez, nesta terça-feira, 17, que o Rio Pardo, que abastece os moradores de Ourinhos (SP) está com nível abaixo do ideal devido ao período de estiagem, o que pode aumentar ainda mais a falta de água na cidade, que acontece, de forma sistémica, há pelo menos três anos.
A SAE informou nesta terça-feira (17) que o nível ideal seria 2,2 metros, mas no momento o rio está apenas com 1,25 metros. Isto é, 95 cm abaixo do esperado.
Diante da situação, o gerente de captação na SAE, Helio Serafim, explicou que essa baixa causa o comprometimento da produção e pode ter como consequência o desabastecimento de água para os moradores.
Para evitar que as pessoas da região tenham sua rotina comprometida devido à falta de água, a SAE pede que todos evitem desperdiçar água neste momento fazendo o uso consciente.
A SAE divulgou pela 1ª vez, em anos, os níveis dos seus reservatórios:
Nível dos reservatórios de Ourinhos na tarde de terça-feira (17)
A SAE comparou Ourinhos com outras cidades:
Pelo menos seis municípios do interior paulista, alguns deles em nossa região, já enfrentam falta d’água ou racionamento provocadas pelo baixo nível de rios ou reservatórios em decorrência do longo período sem chuvas. Bauru (124 Km), São José do Rio Preto (285 Km), Itu (309 Km), Salto (322 Km) e Suzanápolis (388 Km) instituíram rodízio para minimizar os efeitos da falta de água. A cidade de Franca (415 Km) deixou a população de sobreaviso.
MAIS CIDADES
O problema não se restringe ao interior paulista. Cidades do Paraná, entre elas Curitiba, Santo Antônio do Sudoeste e Pranchita, além de Bagé (RS) também instituíram rodízio recentemente. Curitiba está sob racionamento desde março de 2020. Especialistas dizem que o cenário tende a se agravar, já que o período chuvoso não costuma começar antes de outubro.
EMERGÊNCIA
Em maio deste ano, o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) havia emitido um alerta de emergência hídrica para a região hidrográfica da Bacia do Paraná entre junho e setembro de 2021. A bacia abarca boa parte dos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, além do Distrito Federal.