Os pais e a foto da menina - Foto: Reprodução
O Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos, ganhou um tom ainda mais especial em Ourinhos nesta sexta-feira, 26. Durante a homenagem às famílias doadoras, realizada na Praça Mello Peixoto, os professores Rodrigo e Jane da Silva Rodrigues, pais da pequena Maria Luísa, de 6 anos, compartilharam sua história de dor e esperança.
Maria Luísa faleceu em 22 de julho de 2024, após um acidente na Rodovia Raposo Tavares (km 382), em Ourinhos, no dia 16 daquele mês. Ela viajava com os pais, que sofreram apenas ferimentos leves, quando o carro colidiu contra a traseira de um caminhão. A menina estava na cadeirinha com cinto, mas sofreu traumatismo craniano. Foi levada à Santa Casa de Ourinhos, passou por cirurgia e ficou seis dias internada, até a constatação de morte encefálica. O avião da FAB esteve em Ourinhos para transportar os órgãos da menina - clique e relembre.
Na entrevista, Jane destacou o acolhimento recebido na Santa Casa:
“Os funcionários e a equipe médica sempre foram realistas, mas muito humanos. A doutora Simone nos deu a notícia com delicadeza. Estávamos preparados, porque o prognóstico não era bom. Mesmo assim, fomos amparados o tempo todo.”
Diante da confirmação da morte encefálica, o casal decidiu pela doação.
“Não podíamos ser egoístas. Não queríamos que outras famílias sentissem a mesma dor. Então, assinamos o protocolo da doação. A Malu conseguiu salvar seis vidas”, disse Jane.
Entre os órgãos doados estavam coração, fígado, rins e córneas. Rodrigo completou:
“Foi a assinatura mais difícil da nossa vida, mas não hesitamos. Pedíamos um milagre todos os dias, e conseguimos multiplicar esse milagre para outras famílias.”
O casal revelou ainda que a doação já fazia parte de sua trajetória: Rodrigo é transplantado de córnea e contou que isso reforçou a decisão. Eles lembraram que Maria Luísa era filha única e que já haviam passado por perdas anteriores.
“Ela veio para colorir nossas vidas por um breve e intenso momento. Continua viva nas nossas lembranças e agora também na vida de outras pessoas”, afirmou Jane.
Mesmo diante da dor, Rodrigo e Jane voltaram a Ourinhos para agradecer à cidade e à Santa Casa.
“Muitos pensam que não gostaríamos de voltar ao lugar da tragédia, mas, pelo contrário, esta viagem é de gratidão. A Santa Casa acolheu toda nossa família. Hoje, falar da história da Maria Luísa é manter vivo o legado dela”, disseram.
A história da menina emocionou a comunidade e simboliza a mensagem principal do Setembro Verde: transformar a dor da perda em esperança para outras famílias. O Dia Nacional da Doação de Órgãos será celebrado neste sábado (27).
Maria Luísa faleceu em 22 de julho de 2024, após um acidente na Rodovia Raposo Tavares (km 382), em Ourinhos, no dia 16 daquele mês. Ela viajava com os pais, que sofreram apenas ferimentos leves, quando o carro colidiu contra a traseira de um caminhão. A menina estava na cadeirinha com cinto, mas sofreu traumatismo craniano. Foi levada à Santa Casa de Ourinhos, passou por cirurgia e ficou seis dias internada, até a constatação de morte encefálica. O avião da FAB esteve em Ourinhos para transportar os órgãos da menina - clique e relembre.
Na entrevista, Jane destacou o acolhimento recebido na Santa Casa:
“Os funcionários e a equipe médica sempre foram realistas, mas muito humanos. A doutora Simone nos deu a notícia com delicadeza. Estávamos preparados, porque o prognóstico não era bom. Mesmo assim, fomos amparados o tempo todo.”
Diante da confirmação da morte encefálica, o casal decidiu pela doação.
“Não podíamos ser egoístas. Não queríamos que outras famílias sentissem a mesma dor. Então, assinamos o protocolo da doação. A Malu conseguiu salvar seis vidas”, disse Jane.
Entre os órgãos doados estavam coração, fígado, rins e córneas. Rodrigo completou:
“Foi a assinatura mais difícil da nossa vida, mas não hesitamos. Pedíamos um milagre todos os dias, e conseguimos multiplicar esse milagre para outras famílias.”
O casal revelou ainda que a doação já fazia parte de sua trajetória: Rodrigo é transplantado de córnea e contou que isso reforçou a decisão. Eles lembraram que Maria Luísa era filha única e que já haviam passado por perdas anteriores.
“Ela veio para colorir nossas vidas por um breve e intenso momento. Continua viva nas nossas lembranças e agora também na vida de outras pessoas”, afirmou Jane.
Mesmo diante da dor, Rodrigo e Jane voltaram a Ourinhos para agradecer à cidade e à Santa Casa.
“Muitos pensam que não gostaríamos de voltar ao lugar da tragédia, mas, pelo contrário, esta viagem é de gratidão. A Santa Casa acolheu toda nossa família. Hoje, falar da história da Maria Luísa é manter vivo o legado dela”, disseram.
A história da menina emocionou a comunidade e simboliza a mensagem principal do Setembro Verde: transformar a dor da perda em esperança para outras famílias. O Dia Nacional da Doação de Órgãos será celebrado neste sábado (27).
