Dois filhos da vereadora de Marília (SP) (90 km de Ourinhos) Daniela D'Ávila, a Professora Daniela (PL), e um amigo foram detidos após desacatar um policial militar em fiscalização de trânsito na madrugada deste domingo (17), na região do Campus Universitário.
Essa é a segunda polêmica de trânsito envolvendo filhos da vereadora e a PM. Em agosto do ano passado, a Professora Daniela ligou para a comandante da PM da cidade para tentar evitar que a filha tivesse o carro guinchado numa blitz (clique e relembre).
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Desta vez, os filhos gêmeos da vereadora, de 19 anos, estavam em um carro que seguia pela rua Manoel Santos Chieira, no sentido bairro/centro, em alta velocidade, e foi parado durante uma ação de trânsito da PM local chamada "Operação Sossego".
Além dos irmãos, mais dois passageiros estavam no veículo. Segundo os policiais, havia gritaria e dois dos passageiros estavam com o corpo para fora do automóvel.
De acordo com informações do BO, os policiais deram ordem de parada, que não foi obedecida. O que dirigia o carro só parou o carro 50 metros após a ordem. Ainda segundo BO, ele apresentava sinais de embriaguez e teria confessado o uso de bebida alcoólica numa festa.
Durante a abordagem, os policiais informaram que iriam levá-lo ao plantão policial. Neste momento, o jovem se alterou e passou a dizer ser "filho da vereadora, que ela mandava na polícia de Marília e nenhum policial iria levá-lo".
Diante dos fatos, os policiais deram voz de prisão por desacato. Novamente, ele resistiu e, junto aos passageiros que estavam no veículo, entrou em confronto físico com a polícia. Ainda segundo informações que constam no BO, apenas uma passageira não teria participado da ação.
Após contê-los, os irmãos e o amigo foram conduzidos ao plantão policial. No local, o exame clínico de embriaguez foi realizado e ficou constatado que o condutor do veículo se encontrava, no momento do exame de verificação, "não embriagado".
Desta forma, o filho da vereadora não foi imputado pelo crime de embriaguez ao volante. Os outros três passageiros foram liberados mediante termo de compromisso.
A defesa dos jovens nega a agressão aos policiais militares. De acordo com o advogado Cristiano Mazeto, os jovens alegam um possível abuso de autoridade e reforça que vão tomar as providências contra os responsáveis pela abordagem.
Já o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar de Marília, Mário Nonato, informou que foi instaurada uma investigação sobre o caso. Os policiais serão ouvidos, assim como os jovens. Vídeos também serão solicitados para ajudar na investigação.
As informações são do site G1.