OAB quer saber se a metodologia usada pela UPA de Ourinhos seguia fala de diretor

Ofícios pedindo a investigação na UPA 24 (Unidade de Pronto Atendimento de Ourinhos) serão encaminhados ao Ministério Publico e à Câmara Municipal de Ourinhos.
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Confira o áudio acima yes

A OAB de Ourinhos (58ª Subseção de São Paulo) vai protocolar, ainda nesta segunda-feira, 2, tanto no Ministério Publico Estadual, como na Câmara Municipal de Ourinhos, ofícios pedindo que ambos os órgãos investiguem e apurem com rigor as ordens e critérios que estão sendo adotados pela UPA 24 (Unidade de Pronto Atendimento de Ourinhos).

A preocupação se agravou após a divulgação, na última quinta-feira, 27, do áudio do diretor técnico da UPA, médico Jan Chryslen Silva da Costa, que declarou, em conversa com a médica Valeska Abud; “Se o paciente não for morrer, não interna. Não interna!! Manda pra casa, faz receita, não é pra internar se o paciente ficar com coisinha "no" UPA”.

O áudio foi divulgado pela própria médica, que foi demitida da UPA no dia 18 de fevereiro.

Após a divulgação dos áudios, o médico Jan foi afastado das funções de diretor técnico e um processo administrativo foi aberto para apurar o caso.

 

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A OAB de Ourinhos quer saber se a metodologia usada pela UPA de Ourinhos seguia a fala do diretor e se devido à estas ordens pessoas possam ter morrido na unidade.

“Queremos que tudo isso seja apurado. Se esta fala do diretor técnico era a metodologia adotada em todos os atendimentos na UPA de Ourinhos e se mortes foram causas em decorrência deste método durante o período em que o diretor Jan esteve à frente da Unidade”, disse o presidente da OAB de Ourinhos, Drº Fenando Alves de Moura, em entrevista ao Passando a Régua.

Drº Fernando também quer que seja investigado o número de mortes registradas na UPA e suas reais causas.

“Queremos saber quantas pessoas morreram na UPA nesta gestão e quais foram os reais motivos. Porque é preciso apurar se o método adotado pela direção técnica, que estava sobre alçada de Jan, foi o fator determinante para o registro dessas mortes”, declarou.

A OAB Ourinhos divulgou uma nota em que deixa claro o seu repúdio às declarações do diretor da UPA (Confira abaixo).