Exame balístico confirma ligação de estojo encontrado com vestígios de sangue e pistola apreendida na casa de presidente da Apae de Bauru, suspeito de matar secretária

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A Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Investigações de Homicídios da Divisão Especial de Investigações Criminais (DEIC) do Deinter 4, em Bauru, emitiu uma nota oficial na tarde desta terça-feira (20) sobre o avanço das investigações relacionadas ao desaparecimento de Cláudia Regina da Rocha Lobo, funcionária da Apae de Bauru. A investigação, que já resultou na instauração de um Inquérito Policial para apuração de crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, obteve um resultado significativo: o exame de confronto balístico confirmou que o estojo de pistola calibre 380 encontrado no veículo GM Spin, abandonado com vestígios de sangue na Vila Dutra, foi disparado pela mesma arma apreendida na casa de Roberto Franceschetti Filho, de 36 anos, presidente da Apae de Bauru (SP).

O estojo foi submetido a uma análise minuciosa, que determinou de forma positiva que ele foi deflagrado pela pistola calibre 380 encontrada no cofre da residência de Roberto, principal suspeito no caso. A investigação agora aguarda a conclusão de outros exames periciais requisitados. Com o avanço das investigações, a DEIC informou que todas as atualizações serão encaminhadas aos meios de comunicação pelo Setor de Comunicação Social do DEINTER 4, permitindo que a Autoridade Policial responsável possa concentrar-se nas diligências necessárias para esclarecer o caso.


Roberto Franceschetti Filho foi preso na quinta-feira (15) na delegacia, onde havia sido chamado pela polícia para recuperar alguns pertences de Cláudia. Além da pistola apreendida em sua casa, um sinal de celular indicou que Roberto esteve no local onde o carro de Cláudia, pertencente à Apae, foi encontrado. Na sexta-feira (16), após audiência de custódia, Roberto teve a prisão temporária de 30 dias decretada e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirajuí.

O desaparecimento de Cláudia Regina da Rocha Lobo ocorreu na tarde de 15 de agosto. Imagens de câmeras de segurança mostram Cláudia saindo do prédio administrativo da Apae, na Rua Rodrigo Romeiro, em Bauru, com um envelope na mão. Ela teria dito a uma colega de trabalho que sairia para resolver assuntos relacionados à entidade, deixando para trás sua bolsa e celular. Desde então, ela não foi mais vista. Sua filha, Letícia, afirmou em entrevista que não notou nada de anormal no comportamento da mãe nos dias anteriores ao desaparecimento.

O caso também foi levado ao SECCOLD (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) da 1ª DIG, que instaurou um Inquérito Policial após pedido de compartilhamento de provas. As investigações seguem em andamento.