Ourinhos lança chamamento público para gestão unificada de serviços de saúde

Serviços que hoje são realizados pela Santa Casa de Ourinhos e ABEDESC estão no mesmo edital.
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A Prefeitura de Ourinhos publicou no Diário Oficial desta sexta-feira, 19, um chamamento público para selecionar uma Organização da Sociedade Civil (OSC) interessada em assumir, por meio de termo de colaboração, a gestão compartilhada de diversos serviços de saúde do município. A informação foi dada em primeira mão ao Passando a Régua, durante entrevista da última quarta-feira, 17, com o secretário de saúde Diego Singolani.

O credenciamento e a entrega das propostas estão previstos para o dia 24 de outubro, às 9h. O processo prevê a contratação de uma nova gestora para atuar na atenção primária e secundária, incluindo a administração do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), do CAPS Álcool e Drogas (CAPS AD), do CAPS Infantojuvenil (CAPS I), do programa Melhor em Casa, do Serviço de Residência Terapêutica, do Centro de Reabilitação e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tipo II.



Atualmente, a UPA é administrada pela Santa Casa de Ourinhos, em contrato emergencial, e os demais serviços estão sob responsabilidade da Abedesc. No entanto, ambos os contratos estão próximos do fim. A Prefeitura negocia para que a Santa Casa continue à frente da UPA até dezembro, garantindo tempo hábil para a transição. Já os serviços da Abedesc serão encerrados, e os funcionários estão cumprindo aviso prévio,
enquanto servidores concursados assumem as funções por determinação judicial.
Segundo Singolani, a proposta é unificar os contratos em uma única licitação, reduzindo custos. Hoje, a Prefeitura gasta cerca de R$ 6,3 milhões por mês com a Santa Casa e a Abedesc. Com o novo modelo, a estimativa é de um orçamento mensal de R$ 5 milhões, gerando economia de até R$ 18 milhões ao ano.

“O município não terá as mesmas receitas extraordinárias do ano passado, quando houve a venda da SAE. Se mantivermos os contratos atuais, Ourinhos ultrapassará os 35% de investimento em saúde, o que pode gerar sérios problemas fiscais”, explicou Singolani, destacando que a meta é economizar R$ 30 milhões no setor de saúde em 2026.

O secretário também garantiu que não haverá interrupção nos atendimentos. “A UPA não vai parar. Não existe a menor possibilidade disso. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem serão mantidos, independentemente da empresa vencedora”, afirmou.

A expectativa da Prefeitura é que a nova gestora assuma os serviços a partir de janeiro de 2026, dentro de um modelo que promete mais eficiência administrativa, maior transparência e sustentabilidade financeira.