Com baixíssima audiência e apenas com transmissões on-line pelo canal da Câmara Municipal de Ourinhos no YouTube e Instagram, foi realizada, na manhã desta quinta-feira, 22, mais uma audiência pública, que de pública não teve nada, para discutir o relatório das contas da Prefeitura de Ourinhos do exercício de 2018. Alegando uma pane elétrica, a audiência não teve transmissão pelo canal a cabo do Poder Legislativo (TV Câmara), fato muito estranho. A terceira e última audiência pública sobre o tema será relaizada na próxima terça-feira, 27, às 9h. 

Nós do Passando a Régua fomos um dos poucos que acompanharam a audiência pública, que não chegou a registrar nem cinco pessoas vendo ao vivo pelas plataformas digitais. Outro agravante é o fato de que, assim que foi encerrada a audiência, o conteúdo foi retirado do canal, alegando restrições eleitorais.

Apenas três pessoas assistiam audiência hoje pela manhã (Foto: Reprodução)

TV Câmara esteve o tempo todo fora do ar (Foto: Laperuta)

 

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Meio Ambiente

Hoje (22) foram debatidas as questões ambientais, às quais o relatório aponta diversas inadequações. Esteve presente o secretário municipal de Meio Ambiente e Agricultura, Maurício Amorosini, que afirmou que a área está hoje em 2020, muito diferente do que estava em 2018, período observado pelo relatório. Porém o secretário cometeu alguns deslizes ao passar informações impressivas e até erradas.

Lixo

Sobre o lixo em Ourinhos, o problema não foi solucionado totalmente, apesar da realização do transbordo, ou seja, o lixo é transportado em containers para a cidade de Piratininga (SP), pelo valor que pode atingir e ultrapassar os R$400 mil mensais. Também não existe uma área adequada para o descarte de resíduos de construção e indústria na cidade, o que vem fazendo com que  lixo seja descartado em terrenos baldios e estradas de difícil acesso com a anuência do poder público.

Queimadas

Ao falar das queimadas urbanas o secretário responsabilizou as usinas de cana de açúcar e nem sequer considerou as queimadas irregulares de galhadas que continuam acontecendo na área situada ao lado do antigo aterro sanitário, atrás do aeroporto, que atinge principalmente os moradores do Jardim Santos Dumont. Estas queimadas estariam sendo realizadas há anos, também sem a devida fiscalização por parte da secretaria.

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Esgoto

O esgoto continua sendo despejado “in natural” nos rios Paranapanema e Pardo em nossa cidade. A única solução apontada é a realização do processo de concessão dos serviços da SAE (Superintendência de Água e Esgoto), que está parado, muito provavelmente, aguardando o período eleitoral terminar para ser retomado.

Falta d’água

Ao falar da falta de água em Ourinhos, Amorosini cometeu a gafe em dizer que o problema estava sendo solucionado com a construção de uma nova ETA (Estação de Tratamento de Água) e a perfuração de três novos poços, o que não é verdade. A ETA só foi licitada nesta última semana e só deverá ser entregue no meio de 2021 e foi perfurado somente um poço profundo no Jardim Itamaraty, que ainda depende de adequações e só deverá iniciar a operação em novembro ou dezembro deste ano.

Confira o vídeo abaixo em que o secretário comete a gafe duas vezes ao falar dos três poços: